sábado, 8 de setembro de 2012

Quando a Verdade vem à tona! (Parte IV - Final)


Eu e Catarina nos conhecemos na infância. Com a chegada da adolescência, começamos um romance típico de cinema. Éramos completamente apaixonados. Fazíamos planos para o futuro e para os nossos filhos. Só que os pais dela resolveram mandá-la para um colégio interno durante o Ensino Médio, e ela me prometeu voltar assim que concluísse o colégio para casarmos.



Passou o Ensino Médio, os anos da faculdade e nada da Catarina voltar. Nisso meus pais disseram que haviam encontrado uma noiva para mim, Lúcia Sanders. Uma mulher bonita, ruiva, extremamente atraente.



Acabamos por nos apaixonar... Um amor diferente do que eu tinha pela Catarina... Um amor mais carnal. Casamos logo após fazermos vinte e cinco anos, sendo que desde os vinte e três éramos noivos.



Tínhamos uma vida comum... Queríamos aproveitar a nossa juventude até pensar em ter filhos. Queríamos esperar os trinta anos de idade. A maturidade, a segurança; para que pudéssemos dar aos nossos filhos muito mais do que amor.



Em um belo dia de verão, reencontrei sua mãe na praia. Ela estava linda como sempre. O amor falou mais alto e nos amamos pela primeira vez ali mesmo, sem pudores, sem medo.



É claro que, assim que cheguei em casa,  contei o que havia acontecido para Lúcia. Eu queria viver o meu amor com a Catarina. Viver a minha vida. A Lúcia não reagiu bem, compreendo, mas acabou por aceitar.



Eu e Catarina casamos, compramos a nossa casa, e um mês depois ela descobriu que estava te esperando. Embora você não tivesse sido planejado, ficamos vibrantes por saber que seríamos pais. 



Em um passeio pela cidade, reencontrei um antigo amigo meu, Alberto, o pai do John. Ele, eu, Lúcia e a Eva, mãe do John, éramos vizinhos na época em que era casado com minha primeira esposa. E foi através dele que soube que a Lúcia estava grávida. Tomei um baque.



Quando procurei a Lúcia, ela me contou que quando nos separamos ela sabia da gravidez, e pediu que não tentasse aproximações, e que o Charlie seria criado por ela e que eu poderia visitá-lo sempre que quisesse, mas com uma condição: nem a Catarina, nem você poderiam sequer encostar perto do Charlie. 



Conversei com Catarina e combinamos que você nunca saberia disso, pra não tentar uma aproximação e acabar sendo maltratado pelo Charlie ou pela Lúcia. 



Apesar dos pesares, eu acompanhei o crescimento tanto seu quanto do Charlie. Eu tinha e tenho o mesmo amor e carinho pelos dois, e fazia de tudo para deixar isso bem claro. 



Dezesseis anos depois, quando a Lúcia me ligou anunciando a morte do Charlie, eu entrei em choque. Não quis ir ao velório, afinal eu me sentia culpado. E se eu não tinha sido um pai por completo durante a vida dele, não era na hora da morte que eu teria de estar presente.
Eu teria pedido ao Edgar para ir ao enterro, mas ele estava passando por problemas devido ao acidente com a Estela e o John. – Meu pai passou a mão pela cabeça de John.



Um ano depois, quando o John e o Edgar vieram à Sunset Valley, o Edgar deixou o John comigo por algumas horas até ele visitar a Estela no hospital, e nisso o John me mostrou a ex-namorada do Charlie, o motivo pelo qual ele havia se matado.
Só que a minha surpresa foi ao saber que ela era a namorada do meu filho. Sua namorada, Edward! E então dei um dinheiro ao John para ele terminar o namoro de vocês.


- Eu queria te preservar, Edward! Eu queria ser para você, não só o pai do Edward, queria te dar o amor que tinha por você e pelo Charlie.
- Eu... Minha cabeça... É muita informação ao mesmo tempo. – Falei.  – E a Lúcia? Onde o Charlie foi enterrado?
- A Lúcia foi embora pouco depois... Nem de mim se despediu. Ela deve ter achado que eu era culpado. Nem eu, nem o John, nem o Edgar nem a Eva fomos ao velório do Charlie, e nenhum dos meus antigos amigos sabem onde ele foi enterrado. Na casa que eu morava com a Lúcia, encontrei uma passagem em nome do Charlie para Twinbrook. Com a morte dele, ela deixou pra trás... 



- E o senhor não achou na casa nada que pudesse informar aonde a Lúcia enterrou o Charlie?
- Eu tentei entrar em contato com os pais dela, mas não obtive sucesso... Provavelmente os Sanders me culparam pela morte do Charlie... 



- Pai... John... Desculpa! É que eu não tinha como saber nada... Eu fiquei confuso... Me perdoem!
- Filho, é claro que eu te perdôo!
- Edward, fica tranquilo... Acho que isso tudo fez bem para você, pra mim e pro teu pai. Mas eu não te contei sobre o acidente...
- John, você não precisa... – Falei.
- Eu havia ido buscar a Estela em uma festa a mando do papai. Quando estava chegando perto, um homem nojento estava tentando estuprar minha irmã... Eu bati nele com uma barra de ferro e, no caminho de volta para casa, um caminhão bateu no nosso carro. Eu percebi que a Estela estava desmaiada e que vazava gasolina, então puxei minha irmã para perto de umas árvores e o carro explodiu. Os jornais televisivos divulgaram nossa morte, mas horas depois desmentiram, pois as equipes nos encontraram... 



Apesar de toda aquela história... Todo aquele passado... Eu consegui compreender toda a situação e, embora eu não tivesse concordado com a mentira de John, não devia culpá-lo por um único erro, diante de todas as coisas boas que meu amigo fizera por mim. 

8 comentários:

  1. MEU DEUS!!! QUE REVELAÇÃO!!!
    Aníbal, que capítulo maravilhoso!! (E a música também, ADORO Broken Strings)
    Fiquei aliviada em saber que o William não traiu a mãe do Edward! Ficaria triste se isso tivesse acontecido!
    E sobre o John e o acidente, tamb´me fiquei feliz por ele não ter tido culpa alguma... só não entendo porque ele não voltou a se aproximar da mãe e da irmã!
    Enfim, AMEI o capítulo!! Superou as minhas expectativas!
    Beijos.

    http://diariosthesims.blogspot.com.br/

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    1. Simyy *-*
      Fico MUITO feliz que tenha gostado! (Broken Strings é uma das minhas favoritas *-*)
      O William ama a Catarina, e assim como Edward, ele teve de escolher ser feliz!
      Sobre ele não ter se aproximado da mãe e da irmã, ocorreu algum erro e a parte que havia escrito abaixo da foto sumiu D;
      Mas faço uma retomada rápida no próximo capítulo!
      Fico MUITO FELIZ mesmo que tenha gostado *-*
      Beijos ;**

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  2. Então a esposa de William também sabia de tudo desde o início? E se fecharam os dois em copas, foi preciso saberem de uma forma mais rude. Mas ainda bem que o filho aceitou da melhor maneira.
    Então e porque John se afastou da irmã?

    Beijinho e um bom domingo!

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    1. Pois é, Be... A Lúcia não queria contato do Edward com o Charlie, e por isso mentiu... =/
      Edward é compreensivo, soube perdoar Marina, que o magoou tanto, saberia perdoar John e William.
      Sobre o John, expliquei agora mesmo pra Simy o motivo... Por algum motivo que não me lembro, a parte que havia escrito não foi postada... Para não ter de editar o post, vou fazer uma retomada no próximo capítulo...
      Beijão e boa semana ;*

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  3. O perdão é um ato de grande genorosidade, as vezes perdoamos mas não conseguimos esquecer o fato... As atitudes dos outros mexem com a gente, transformam nossa vida e mudam nossos sentimentos. Será que Edward será capaz de suportar tudo isso?

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    1. Edward sabe perdoar quando entende os motivos... No caso da Marina ele viu que julgá-la não faria bem a ele... No caso do pai e do John, eles mentiram para evitar sofrerem mais... =/
      Edward suportará isso sim, mas faltam 15 capítulos... "Cositas" devem acontecer AHAHAHAHA'
      Beijão, vó *-*

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  4. Ed é bom demais cara, por isso que eu amo ele... Eu sei que perdoaria também se fosse comigo, mas não com essa facilidade, com tanta rapidez!
    Já pensou, você descobrir que tinha um irmão, e seus pais sabiam de tudo.. Seu melhor amigo passou por um acidente terrível desse e nunca disse nada e ajudou a acabar com seu namoro! Eu tinha pirado, depois de socar alguém, claro! kkkkkkkk'
    Meeeeeeeega revelação hein Pain, vai ficando cada vez melhor *---*
    Mais ainda tem muita coisa pra rolar, né!? ;))

    Tudo maravilhoso seu lindo, parabéns *------*
    Beeeeijos ;**

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    1. Filhota *------*
      Eu também AMO o Edward... Eu o baseio, um pouco, em meus atos... kkkkk' O Edward é compreensivo, é na dele... Tanto é que, até hoje, ele só se estressou com a Marina quando a reencontrou, com o Burns porque falou da mãe dele e com o John por não saber de nada ._.
      Ele entendeu que as mentiras foram para todos serem poupados do sofrimento... Eu acho que reagiria mas ou menos como ele, mas ficaria puto da vida kkkkkk'
      Que bom que está gostando, hija *---------*
      MUCHAS COSAS VAN ROLAR \õ/
      USHAUSHAUS'
      Um dia desses vou fazer um daqueles meus posts spoilers kkkkkk'

      Beijos ;**

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