domingo, 5 de fevereiro de 2012

Novos Rumos


Ao chegar ao meu trabalho, no dia seguinte, fui parado ainda no corredor pelo meu supervisor, o Dr. Saldanha.
- Edward, precisamos conversar! Por favor, venha até minha sala.



Eu o segui até sua sala sem fazer indagações. O Dr. Saldanha era um dos melhores médicos de Bridgeport, quem sabe até o melhor. Muitos dos médicos do hospital não gostavam dele, principalmente por ele ser muito rigoroso.
Porém, por ele também ter sido meu professor na Universidade, nos tornamos amigos.

- Pode falar. – Disse assim que ele me pediu para sentar em um das cadeiras. 



- Edward, recentemente recebi um convite da prefeitura de Sunset Valley para dirigir o hospital de lá. Parece que o último diretor envolveu-se em alguns escândalos e acabou sendo demitido.
- Parabéns, Dr. Saldanha! O senhor merece.
- Obrigado, mas o fato é que não aceitei ao convite.
- Sei que não é da minha conta, mas por quê?



- Edward, sou um homem quase idoso. Já tenho 59 anos e... Bem. Minha esposa, meus filhos, meus netos... Todos têm suas vidas aqui. Por mais que eu quisesse, não conseguiria ficar longe deles.
- Entendo. Sei como é difícil se afastar da família.
- Foi então que pensei em você.
- Em mim? 


- Exatamente! Conversei com o ministro da saúde e recomendei o seu nome. A prefeitura de Sunset Valley quer você na direção do hospital de lá.

Por alguns instantes fiquei tentando entender o que o Dr. Saldanha estava falando.



- E então? Você aceita? – Indagou o Dr. Saldanha notando a minha cara de surpresa.
- Dr. Saldanha... Eu não sei o que falar!
- Diga um sim e tudo se resolve!
- Por um lado até seria bom. Meus pais moram em Sunset Valley, eu nasci lá! Só que...
- Só que? 



- Eu comecei um namoro recentemente e...
- Edward, namoros começam e acabam! Você não pode simplesmente impedir o seu progresso na profissão que você ama por alguém. Se essa garota te amar de verdade, ela vai com você e vai te apoiar.
- Eu não sei o que dizer...
- Hoje, as 20:00h você vai me ligar e dar uma resposta. Caso contrário, você perde a oportunidade. Quero muito que você aceite, mas a escolha é sua.



A partir do momento que me levantei da cadeira e sai da sala do Dr. Saldanha, fiquei imaginando em uma resposta para dar a ele, mas ainda assim eu não conseguia. Por volta das 18:00h o meu plantão acabou e eu fui direto para casa.



Ao chegar lá, vi uma cena que me deixou mais pensativo ainda. Carol brincava na sala com Rufus.

Não queria me afastar dela, nem do John e da Rosana. Meus amigos, meu tesouro. 



- Amor, que bom que você chegou! – Disse Carol ao me avistar.
- Boa noite.

Eu tentei disfarçar a minha tristeza e meus conflitos, mas Carol conseguiu perceber.
- O que aconteceu?



 - Eu... Fui promovido. – Disse em uma frase cortada.
– Meu amor, parabéns!  - Disse Carol com uma expressão entusiasmada e que simplesmente tornou-se preocupada. – Você não está feliz?
- Sim.
- E por que essa cara?
- Eu fui convidado para ser diretor do hospital de Sunset Valley. 



- Você vai ter de se mudar para lá?
- Se eu aceitar, sim.
- Se você aceitar? E o que te impede?
- Você, o John, o casamento dele e da Rosana, o nosso namoro... Tudo isso! Eu reconstruí a minha vida aqui... 



- E você acha que eu e o John vamos ficar felizes em saber que você perdeu uma oportunidade como essa? Você está parecendo uma criança, Edward Smith! Para de tentar agir com essa sua razão ao menos uma vez na vida. – Carol fez uma pausa. – Seus pais moram lá, não é?
- Sim. – Respondi como se fosse um garoto de 10 anos tomando uma bronca de sua mãe.
- Então... Seus pais estão lá! Você vai poder ficar mais perto deles! 



Carol ficou me encarando por alguns instantes.
- O que foi? – Indagou.
- Você não me ama?
- Espera! Você está achando que só por eu te amar eu quero que você fique ao meu lado? Edward, quem ama não priva a pessoa amada de nada. Quem ama quer a felicidade do outro.
- E se a minha felicidade estiver aqui?
- Isso você já provou que não! Você mora aqui há quase 6 anos e cadê essa tal felicidade? 



- Está na minha frente. – Respondi.
- Se eu sou a sua felicidade, eu vou com você aonde você for.
- O que você está dizendo?
- Amor, eu sou escritora. Eu me mudei para Bridgeport para ficar perto de você, se você for para Sunset, eu vou também, simples.
- Você está falando sério?



- Eu sou mulher de brincar com uma coisa dessas?! Gato, eu não te deixo escapar por nada! Imagina perder um homem LINDO como você para uma daquelas garotas de Sunset Valley? NEM MORTA!
- E o John?
- Sunset Valley não é tão longe. Vocês vão se ver sempre!
- Então se é assim... Vou ligar para o Dr. Saldanha agora mesmo!

E estava decidido: Sunset Valley, ai vou eu!

•••
Pessoal, obrigado pela espera. Já estou melhor da conjuntivite e minha internet regularizou. Estou com alguns problemas pessoais e não ando bem, mas prometo me esforçar para tentar postar todos os dias pra compensar. 


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Felicidade


Algumas semanas depois...

A minha vida havia ganhado uma nova rotina!
Carol havia conseguido que um editora de Bridgeport publicasse seu livro e ainda por cima conseguiu um emprego como jornalista em um dos melhores jornais da cidade. Para aproveitar a oportunidade, ela se mudou de vez para Bridgeport – Para Bridgeport, não para a minha casa, mesmo que provisoriamente.
Pedi ao Maikon que conseguisse um apartamento bom e barato para a Carol. O imóvel teve que passar por uma pequena reforma – geral – na parte hidráulica. Como solução eu a convidei para ficar por estes dias em minha casa. 



John e Rosana continuavam cada vez mais apaixonados, e isso fez com que ela se mudasse para o apartamento dele com a condição de que ele jogasse fora todos os seus pornôs e revistas de mulheres peladas.
E ele fez! 



- E então, o Maikon ligou? – Carol me indagou enquanto jantávamos.
- Ah sim, ele disse que e uma ou, no máximo, duas semanas você já pode se mudar.
- Edward, tem certeza que eu não vou incomodar? Você é acostumado a viver sozinho e...



- Ei! Se eu não fosse gostar da sua presença nem teria te convidado.  – Interrompi.
- Eu sei, mas é que... Sei lá.
- Você acha mesmo que eu deixaria a minha namorada ficar longe de mim. – Provoquei.
- Namorada? Como assim?



- Isso mesmo! Na-mo-ra-da! – Soletrei.
- E por acaso eu recebi algum pedido? – Provocou.
- Se não, eu o faço agora!



Levantei da cadeira e puxei Carol para perto de mim. A abracei e ela segurou minha cabeça.
- Carolina Suzart, você aceita ser a minha namorada?
- Hum... Deixa eu pensar....
- Tem 3 segundos! – Fiz uma pausa e a olhei. – 1, 2...
- Eu aceito! – Disse Carol, me interrompendo.



Nós nos beijamos.

Se bem que depois de alguns instantes não era mais um “simples beijo”. 



- Carol... – Disse quase que sussurrando no intervalo de um beijo.
- O que foi?
- Você sabe que homens... Err... Acontecem certas coisas e...
- E você acha que eu já não percebi? – Ela queria mesmo me deixar louco.



Eu a olhei percebendo que o que eu desejava naquele momento também passou pela sua cabeça.
- Você tem certeza que quer dormir sozinha no quarto? Se você quiser eu peço pro Rufus te fazer companhia...
- Não... Dessa vez o Rufus vai dormir sozinho na sala.
- E eu vou dormir aonde?
- Comigo. – Ela disse sussurrando em meu ouvido.



Aquele foi o start para aquela noite. Sequer nos importamos com a comida que ainda estava sobre a mesa.
Fomos caminhando para o quarto aos beijos e deixando as nossas peças de roupa pelo meio do caminho. 



Fomos até o quarto e antes de deitarmos na cama, eu a indaguei:
- Você tem certeza que quer isso?
- Eu nunca estive tão certa em toda a minha vida! 



Aquele monte de indagações poderia parecer bobo para dois adultos, mas eu sou um cara “à moda antiga”, romântico.

Peguei uma camisinha que se encontrava dentro de uma gaveta da cômoda e começamos a nos amar. 




Foi uma noite de prazer e principalmente de amor e carinho. Sim, amor. Eu estava certo de que o que sentia por Carolina era algo muito além de uma simples amizade ou de uma “relação de beijos”. Pela primeira vez nos últimos 7 anos eu estava me apaixonando mais uma vez e algo, dentro de mim, dizia que eu estava no caminho certo.



Exaustos, continuamos ali na cama. Carol deitou sua cabeça sobre o meu peito e ela percebeu que eu nada falava.
- O que foi? Não gostou?
- Não. Pelo contrário: eu amei!
- E por que essa cara?
- Porque você está me fazendo ser feliz como eu não consegui ser durante 7 anos!
- E você também está me fazendo completamente feliz! Você me fez sentir realizada.
- Carol... Sei que você pode achar cedo... Mas nós estamos “juntos” há quase um mês... E eu queria muito dizer uma coisa que eu não sei se ainda é cedo.
- O que?
- Eu amo você!
- Eu apenas esperei você dizer isso... Porque eu comecei a te amar naquela noite que nos conhecemos. Eu tive medo que você não sentisse o mesmo por mim e... Tive medo de falar o quanto eu te amo!



Eu e Carol ficamos por horas trocando carinhos... Abraços... Beijos... E  ali eu pude finalmente redescobrir o que é a felicidade...

• Avisos •
- Agradeço a todos pela espera. Amanhã provavelmente teremos uma outra atualização. Minha cidade está em "pé de guerra". A polícia está em greve, os ladrões estão fazendo arrastões. Está um caos. 
- Sobre o segredo do John, temos mais uma opção eliminada, como vocês conferem na parte de cima do blog. 
- Foi FINALMENTE decidida a trilha sonora do Edward e da Carol. Ela chama-se Brither Than Sunshine. A letra combina bastante com o Ed. Vocês a ouvirão assim que entrarem no blog. Se quiserem ver a letra: http://www.vagalume.com.br/aqualung/brighter-than-sunshine-traducao.html.
- E antes que os puritanos soltem o verbo sobre as imagens acima, deixo claro que não estou criando algo pornográfico e sim uma demonstração de amor que a maioria fez ou vai fazer. Foi a minha primeira cena do tipo, e espero que agrade. Quis deixar algo bem romântico, para que não partisse para o vulgar.