quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte V)


Na manhã seguinte acordei por volta das 11 horas, sendo chamado pelo McGold.

- Bom dia, Ed! Cara, você não vai acreditar! A senhora Rugabaixa é tipo, um tsunami entre os lençóis! Acredite: aquela mulher é MUITO boa de cama!
- É John. Acredito em você. Bom dia pra você também!
- Que cara é essa?! – Indagou meu amigo ao notar-me um pouco cabisbaixo. – Aconteceu alguma coisa?!
- Que tal uma caminhada pela praia? Ai te explico melhor...



Enquanto eu e McGold caminhávamos, contei a ele toda a conversa que tive com Marina na madrugada anterior.

Para surpresa minha, ele não ficou tão revoltado e pareceu compreender e aceitar a mudança dela.

Por alguns instantes ele caminhou com passos apressados. Parecia lembrar do que amigo que cometera suicídio anos atrás.



Aproximei-me e ele começou a falar.
- Cara, eu sei e você sabe que a Marina não prestava! Tá certo que eu posso até sentir um certo ódio, ou melhor, uma grande mágoa dela pelo que ela fez com o meu melhor amigo e pelo que fez com você, mas acho que sua mãe está certa... Você deveria sim conversar com ela!
- Tem certeza?! Eu tenho... medo! Medo de me “re-apaixonar” por ela... 


McGold virou-se em direção à casa de meus pais e apenas disse:
- Você não precisa se “re-apaixonar” por ela, meu amigo. Você ainda é apaixonado. Só quer negar.



McGold sabia o que estava falando. E até eu mesmo sabia que era verdade e que nesses anos todos eu não havia me esquecido de Marina. Porém, uma parte do meu coração, ou melhor, da minha consciência me fazia odiá-la com todas as forças, sendo que, na verdade, eu apenas queria amá-la.



Esperei  até o entardecer para ir até a casa de Marina, ainda receoso, toquei a campainha e ninguém deu sinal de vida.

- Ótimo. Pelo menos ganho mais tempo para digerir tudo.

Enquanto virava para voltar para o carro, ouvi vozes vindo do quintal da casa. Resolvi conferir.



Ao chegar ao fundo da casa, vi crianças brincando. E entre elas, Marina.

- Estou aqui! – Disse atrás dela.



Marina virou-se e não escondeu o olhar de surpresa.
- Edward! Fico feliz que tenha vindo! Venha, vamos entrar! As crianças estão brincando... Os pais já estão vindo buscá-los. Só alguns minutos.
- Tudo bem.



Marina sentou-se no sofá da casa humilde e começou a contar-me sobre sua vida.
- Logo após o John ter contado aos meus pais sobre o que eu andava fazendo por ai, eles me mandaram para um colégio de freiras em Riverview. Quando terminei o colégio, havia mudado completamente o meu jeito de ser e tornei-me voluntária no abrigo que pertencia à Paróquia. Cuidava de crianças abandonadas e órfãs. Há dois anos meus pais sofreram um sério acidente de carro e vieram a falecer. Eles tinham uma bela casa, mas estavam endividados. Paguei as inúmeras dívidas e resolvi comprar essa pequena e montar uma espécie de creche. Mas na realidade cuido das crianças durante a tarde e as ajudo com as atividades enquanto os pais trabalham. Eu soube ontem à noite, pela Claire, que você estava em Sunset. Eu tinha de te pedir desculpas.Era a última pessoa eu faltava. Conversei com os pais do Charlie, o amigo do McGold, e eles me perdoaram. Só te peço, Edward: me perdoa! 



Levantei e Marina segui-me, ainda com uma expressão facial triste.
- Eu te perdôo! Todos nós somos suscetíveis a erros...E eu não posso errar em não te perdoar. E te peço desculpas pelas palavras de ontem à noite. Não te prometo ser teu amigo, ou conviver com você. Mas se é o meu perdão que você quer, você o tem.



Marina abraçou-me. Ainda parecia usar o mesmo perfume de anos atrás. Uma doce fragrância com odor de rosas.
Retribui o abraço e me despedi.



Ao chegar em casa, meus pais e McGold haviam saído. Provavelmente minha mãe o carregou para fazer compras.

Ao observar Rufus parado me olhando, o abracei! Dei o abraço mais gostoso de minha vida... Sabendo que a partir daquele dia, minha vida mudaria...

Pra melhor!

○○○


Obs.: Esta atualização ficou um pouco grande pois é de extrema importância. ;]
Obs.²: Só para lembrar, a partir da próxima semana, teremos apenas as atualizações de terça e sábado, pois começarão as minhas aulas do cursinho. =]

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte IV)

*há uma playlist ao final da postagem


Fiquei parado por alguns instantes tentando imaginar uma reação minha.
Nada.

Marina continuou seu discurso:
- Edward? Você está bem? 



A raiva foi mais forte que qualquer outro sentimento meu naquele momento. Virei-me furioso para encarar Marina.

- O que você está fazendo aqui?! Como você ousa aparecer de novo na minha frente, sua vagabunda?!
- Edward... Eu... Eu quero conversar com você!



- Mas eu NÃO QUERO CONVERSAR COM VOCÊ! Simples assim! Vá embora! Some da minha vida!
- Edward... Eu sei que eu errei... Eu quero te pedir perdão por tudo. Pela traição, pelas mentiras...
- Cala essa boca, sua vagabunda!



Notei lágrimas que começaram a cair dos olhos de Marina. Ela pareceu tomar ar.

- Quem você pensa que é para me chamar de vagabunda?! Eu exigo respeito! Eu posso ter te traído, ter traído outro caras, mas eu mudei! Mudei porque a vida me ensinou!  E hoje, se eu sou alguém é por causa dos meus erros. Eu aprendi com eles!



- Por favor, me perdoa, Edward. Eu preciso do teu perdão...
- Marina... – Disse mais calmo. – Vai embora! Eu não quero conversar com você! Eu não quero sequer saber de você!



Naquele instante, mamãe chegou à frente da casa.

- Você deveria perdoá-la! Não foi isso que eu te ensinei!
- Mamãe, por favor! Entra!
- Não ouse mandar em mim! – Ela virou-se para Marina. – Querida, vá pra sua casa. O Edward vai entrar agora. Se ele quiser conversar com você, darei o teu endereço.

Não pude contestar.



Entrei em meu quarto furioso. Mamãe veio logo atrás de mim.

- Não gostei da sua atitude!
- Ela me traiu!
- As pessoas não são perfeitas. E eu te dei uma educação exemplar. E te ensinei que não se grita com uma mulher e te ensinei o poder da palavra perdão. Durma. Pense. Amanhã conversamos.



Mamãe ia saindo do quarto, quando corri para seus braços e desabei. Chorei como nunca mais havia chorado. Chorei como uma verdadeira criança que acabara de perder seu brinquedo favorito. Mas naquele momento, eu chorei de arrependimento. Um arrependimento por ter destruído anos da minha vida em prol de nada.



MusicPlaylist

sábado, 24 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte III)


A noite de Natal chegou! Enquanto mamãe terminava de temperar o peru, eu, John e meu pai assistíamos um pouco de televisão.  Até tentei convencer meu pai a usar a sua velha fantasia de Papai Noel, mas ele fez uma cara e feia e só aceitou usar o terno vermelho que ele tinha o costume de usar em todos os Natais.



Poucos minutos depois chegou a nossa única convidada: Agnes Rugabaixa, melhor amiga de minha mãe.  Pelo pouco que soube, Agnes havia tornado-se viúva no início do ano e agora estava começando a sair mais de casa. É claro que ao ver a bela senhora e admirar a sua beleza, McGold fez questão de “comê-la” com os olhos... Eu já sabia: ele iria “atacar”!



Jantamos na mais perfeita paz. John e Agnes pareciam se entrosar bem. Se tinha algo que eu admirava em meu amigo era o seu poder de sedução. Mamãe toda hora pedia desculpas a Agnes pela simplicidade da casa, e a educada senhora dizia que não se incomodava com isso e que aquele era um dos melhores Natais que já havia presenciado. 



Assim que o relógio marcou meia-noite, começamos a distribuir nossos presentes. Mamãe ganhou um livro de receitas de Agnes – mamãe sempre foi apaixonada por culinária.
John deu-me um singelo livro de “1001 dicas de como deixar uma mulher louca: A Bíblia do Sexo”. Agradeci com uma certa cara de raiva, alegando não precisar daquilo.

Mamãe ganhou um belo par de jóias, dado por mim e meu pai.

John ganhou de mim dois passes VIP’s para o “Aquário”, uma das melhores boates de Bridgeport.

Além de papai ter ganhado um belíssimo terno novo. Que mamãe fez questão que eu escolhesse. É claro que ele, como todo rabugento, agradeceu o presente e isolou-se no sofá ao lado de Rufus para assistir o jogo de futebol que passava em um dos canais pagos.



Pouco depois Agnes despediu-se de todos e agradeceu pela maravilhosa noite.
- Querida, é muito tarde... Tem certeza que quer pegar um táxi? Os meninos podem te levar.
- Pode deixar que eu a levo, tia Catarina. O Edward está cansado e a senhora precisa de ajuda. Pode deixar que levo a senhora Rugabaixa até sua casa. – É óbvio que toda formalidade tinha alguma segunda ou terceira intenção.
- Agradeço, John. Porém só aceito se você me tratar apenas por Agnes.
- Então vamos, Agnes! – É. Eu já sabia onde aquilo ia parar.



Acompanhei-os até a frente da casa. “Bom, acho que agora a senhora Rugabaixa deixa o luto de lado!” – Pensei.

Ia virando para entrar em casa, quando uma doce voz, já conhecida, ecoou atrás de mim:
- Quando sai da casa da Claire e avistei você, demorei a acreditar. Não acredito que Edward Smith está de volta. Eu te procuro há muito tempo! 

Eu sabia quem era, mas me recusei a virar. Aliás, eu nem queria ter ouvido aquela voz... Era um pesadelo recomeçando.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte II)


- Então, como eu estava muito estressado, o John sugeriu que fizéssemos essa longa viagem. – Disse, encerrando a minha narrativa sobre a viagem.
- Meu filho, e o seu cabelo? Ele estava tão bonito... – Mamãe parecia inconformada pelo novo corte.
- Bom, esse foi um “pequeno acidente”... Enquanto eu e o John explorávamos algumas tumbas no Egito, acabei me aproximando do fogo... – Cínico, McGold começou a rir. - Ai, tive de cortar o cabelo bem curto, porque ficou HOR-RÍ-VEL! Agora ele já está maior! 



Levantei e disse:
- Bem, agora vamos tomar um banho e descansar... O John pretende... Err... Ver as novidades da cidade.
Mamãe levantou-se e me deu um abraço.
- Meu querido, eu fico tão feliz que você tenha vindo! Esse será o dia mais feliz desse ano! Eu te amo!
- Também te amo, mãe!



Chamei John para mostrar as nossas acomodações. Ficaríamos em meu antigo quarto.
- É sério que esse era seu quarto?  - Disse meu amigo querendo rir.
- Claro! Como você acha que seria o quarto de um nerd?
- Então, onde posso colocar as minhas coisas e onde tomo banho?
- Pode colocar suas coisas no guarda-roupas. Está vazio. Vamos dividir ele. E banho você pode tomar entrando na porta em frente à porta da rua.



Assim que terminei de responder ao meu amigo, um vazio bateu dentro de mim. As lembranças de minha adolescência e principalmente de Marina me faziam sentir um remorso e até mesmo um medo por estar naquela cidade.

- Está tudo bem? – Perguntou meu amigo.
- Sim. Pode ir. – Se eu contasse ao McGold o motivo de minha tristeza, provavelmente ele se chatearia. E o que eu não queria era brigar com ele em véspera de Natal. 



John voltou para o quarto após seu banho. Eu havia trocado de roupa, tomaria banho mais tarde. Liguei o computador para checar meus e-mails e nem percebi a presença de Rufus na cama que John dormiria.
Meu amigo entrou no quarto e vendo a presença de nosso cachorro, começou a falar:
- Ah cara! Eu não acredito! Esse cachorro ta de sacanagem com a minha cara! Sai daí, pulguento! Anda! Se não eu deito por cima de você!
- Acho que ele está com ciúmes... Ele dormia comigo aqui no quarto. Pode deixar que eu o tiro daí.



Chamei Rufus para o chão e comecei a fazer carinho em sua barriga.
- Isso! Bom garoto! Nada de ficar perturbando o tio McGold. Ele não mete medo.
- a-há-há-há-há! – John soltou uma risada irônica. – Agora posso deitar?! E me faz um favor: tranca a porta para esse cachorro não me matar enquanto eu estiver dormindo!
- Pode deixar! – É claro que eu não o obedeci. Rufus nunca mordou ou rosnou para ninguém, apenas estranhara as pessoas logo quando as conhecia, mas depois tornava-se leal a eles.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte I)

AVISO: PESSOAL, ANTES DO NATAL, AINDA HAVERÁ UMA ATUALIZAÇÃO, QUE SERÁ POSTADA NESTA SEXTA. NO SÁBADO, SERÁ POSTADA A ATUALIZAÇÃO DE NATAL. PORÉM, FICAREMOS COM OS SEGUINTES DIAS DE ATUALIZAÇÃO: TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS. EM JANEIRO, ELAS PASSARÃO A SER NAS TERÇAS E NOS SÁBADOS POR MOTIVOS PESSOAIS.


Bom... Após aquela noite no Mirante Boggard, minha vida mudou drasticamente. A princípio, John McGold fez um boletim de ocorrência sobre o meu desaparecimento – algo extremamente normal vindo do meu amigo. Quando cheguei em casa, ele me deu a maior bronca de toda a minha vida, principalmente por saber o motivo do meu desaparecimento. 
Foi então que ele me sugeriu uma viagem. Isto mesmo, uma viagem. Segundo ele, seria essencial para eu conhecer novas pessoas e quem sabe melhorar a minha vida de vez.
Passamos alguns meses fora... Em Shang Simla... Al Simhara e Champs Les Sims...  Como a época do Natal está se aproximando, resolvi passar o período natalino com meus pais em Sunset Valley. E é claro que o John resolveu ir para apreciar a bela “paisagem natural” da cidade... Ou melhor, as mulheres.




 - Bem, chegamos!  - Disse após descermos do carro alugado no aeroporto.
- Cara, a sua casa não mudou NADA desde a última vez que estive aqui.
- Parece que a mamãe forçou o papai a usar a aposentadoria dele desse mês para reformar a sala... Ela dizia que era pequena... – O que de fato era verdade.



Rapidamente nossa atenção voltou-se para um “pequeno grande” cachorro que correu em minha direção.
- Edward, não se meche. Que cachorro é esse?!

Rufus. Esse é o nome dele. Meu presente de aniversário de 18 anos. Geralmente os garotos ganham carros dos pais, mas como meus pais não tinham muito dinheiro, pedi para adotar um cachorro.



Fomos em direção à sombra e lá abracei o meu fiel amigo.
- Ah garoto! Que saudades suas! Como você cresceu em dois anos!

- Ah, que bonitinho. Agora podemos entrar para beber água, comer e descansar?! – Disse o McGold de uma forma meio “irônica”. 



Não foi preciso. Enquanto eu ainda brincava com o Rufus, minha mãe apareceu do lado de fora.
- Rufus, já falei pra não latir pra o pessoal da rua! – Assim que ela me avistou, entendeu a euforia do cachorro. – Meu Deus! Eu não acredito! Filho! 



Enquanto eu abraçava minha mãe, só pude ouvir o John reclamar.

- Ed, eu sei que é chato atrapalhar o momento mãe e filho, mas acho que o seu cachorro está  querendo me morder...

- Venham, vamos entrar. O William está lá dentro assistindo televisão. Enquanto vocês tomam um banho, preparo um lanchinho.
- A senhora ouviu as minhas preces, tia Catarina. 


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lembranças (Parte III)


Passei praticamente a tarde inteira admirando o mar. Praticamente no mesmo local em que há algum tempo eu havia pedido Marina em namoro. 
 As palavras do tal McGold pareciam ser tão convincentes, eu precisava tomar uma decisão... E acho que ela já estava tomada.

Estava voltando para casa quando aviste o John McGold na porta da minha casa. Eu poderia estar me envolvendo em uma grande enrascada, mas eu precisava tirar aquela dúvida. As indagações tomavam conta da minha cabeça, eu precisava saber quem estava mentindo, a mulher que eu amo amava ou um desconhecido.

- E então, o que decidiu?! - Indagou o McGold.
- Eu vou com você, agora se for mentira sua, eu vou... Eu vou...
- Você não vai precisar inventar uma mentira do tipo que "vai me bater", pois eu estou falando a verdade. Eles devem estar saindo do teatro agora, vamos!

Caminhamos umas duas quadras até o teatro e o que vi não foi nada agradável. Lá estava ela, aos beijos com  um carinha qualquer. Está certo que William Burns era o cara mais popular da escola, mas eu nunca esperaria isso dela.

John permaneceu calado. Nada comentou. Eu estava perdendo a mulher que mais amei em minha vida, mas acabara de ganhar o melhor amigo que eu já pudera ter. 
No dia seguinte, eu já não era mais o mesmo. Marina sumiu depois do escândalo da traição, uns dizem que ela se mudou para Twinbrook após o McGold contar aos seus pais quem ela era de verdade. 
E hoje sou assim, um cara que não consegue mais amar ninguém! 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Lembranças (Parte II)


Naquela época eu era apenas um adolescente bobo e romântico. Marina havia entrado no colégio naquele ano. Ficamos tão próximos e começamos a namorar - apesar de sermos tão diferentes.


Ficávamos juntos praticamente o dia inteiro. Sentávamos juntos na sala de aula, e assim que o sinal tocava, ao invés de irmos para nossas casas, íamos namorar em um dos bancos da porta da escola. Éramos inseparáveis.


- Amor, tenho de ir para casa. Tenho algumas atividades extras pra fazer hoje... Eu até tinha pensado em sair, mas vou estudar... É o melhor que eu faço!
- Tudo bem amor, eu também vou direto para casa. Então amanhã nos vemos né?!
- Com certeza! Eu te amo Edward!
- Eu te amo muito mais!


Eu estava indo para a minha casa, quando vi um garoto - da minha turma - que era um "tanto" estranho. Seu nome? John McGold.

Ele rapidamente me abordou.


- Você que é o Edward?! Namorado da Marina?!
- Sim, sou eu.... Por quê?!
- Cara, sei que a gente mal se conhece, mas eu tenho de te alertar...
- Sobre... ?

























- Essa garota não presta! Ela namorou um amigo meu e o traiu! E eu tenho absoluta certeza de que ela está fazendo o mesmo com você!
- Ei cara, quem você pensa que é pra falar assim dela?! Olha o respeito! A Marina nunca me trairia!


- Olha, eu sei que é difícil aceitar, mas eu tenho como provar! Essa garota é uma verdadeira vadia! Não vale um conto! Ela não merece o teu amor!
- Por que você está fazendo isso?! Nem amigos somos!
- Por que eu vejo que você é um cara bacana, e eu tinha um amigo que namorava ela...

- Pois mande o seu "amigo" vir aqui falar comigo! Vai ver ele está mentindo, não é mesmo?! Pode ser algum cara que ela deu um fora e...
- Ele está morto! - Disse o McGold, me cortando.
- O que?!
- Se suicidou após a traição da Marina. Ela sempre foi assim, ele não foi o primeiro e não será o último! 

- Olha Edward, eu sei onde você mora. Hoje a noite, às 20:00hs eu vou te esperar para te levar ao lugar onde a Marina vai estar com o "outro namorado" dela. Independente de você querer ou não, eu vou até lá te esperar.
- Não vai ser preciso! Eu não acredito nessa "pataquada".
- Se você prefere continuar com fama de corno por ai, o problema é seu. Pois saiba, hoje às 20:00hs eu vou estar na porta da sua casa, e só saio de lá com a polícia!


- Pois não precisa nem se deslocar até a minha casa! E se for, saiba que eu chamo a polícia! E ai quero ver o que você vai fazer!
- Eu só estou querendo te ajudar! Pra você não continuar a ser enganado por essa ordinária!


- A troco de que?! - Gritei.
- A troco de fazer ela ser desmascarada! Eu quero que essa pilantra seja desmoralizada! Um casal perdeu o único filho deles por causa dela! E esse filho, era o meu melhor amigo, o cara mais bondoso e mais legal que alguém poderia conhecer, mas por causa dessa vagabunda, ele está MORTO!
- Sinto muito por seu amigo, mas não acredito!


- Independente da sua decisão, eu vou até sua casa hoje! Não se atrase!
- Não vai ser preciso! - Sim, ele era muito insistente, e conseguiu me tirar do sério. Não sei como eu e o John McGold acabaríamos nos tornando grandes amigos.

O fato era que eu estava com uma dúvida imensa... Estaria a Marina me traindo?